quarta-feira, 18 de novembro de 2020

PADRE FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE - FUNDADOR DAS CIDADES PARAIBANAS DE PRINCESA ISABEL E TAVARES



PADRE FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE

FUNDADOR DA CIDADE PARAIBANA DE PRINCESA ISABEL

__________________________________________________

                                             Francisco de Carvalho Florencio [1]                                

Este estudo biográfico, incluí dados genealógicos sobre o Padre Francisco Tavares Arcoverde, resgatando seu papel histórico na formação da atual cidade de Princesa Isabel, no alto sertão paraibano. A partir de fontes primárias e outras, são apresentados os dados e análises que permitem revelar a dimensão do personagem central, permitindo a conclusão de que é ele o legítimo fundador daquela cidade, e merecedor do devido reconhecimento pelos seus conterrâneos princesenses. Acrescenta-se discussão de idêntico papel na fundação da cidade de Tavares, Paraiba.

                                       

 

1.0-         CIDADE DE PRINCESA ISABEL - APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA

O território do atual Município de Princesa Isabel está localizado no extremo sudoeste do Estado da Paraiba, sobre a Serra do Teixeira, numa altitude média de 700 metros. Limita-se ao sul e sudeste, com os municípios pernambucanos de Flores, Triunfo e Quixaba. Ao norte, leste e oeste com os municípios paraibanos de Nova Olinda, Pedra Branca, São José de Princesa e Tavares, quase todos, parcial ou totalmente, desmembrados do  território princesense original. Em 1766, um morador da Serra da Baixa Verde, no atual vizinho município de Triunfo, Pernambuco, agricultor e fazendeiro,  LOURENÇO DE BRITO CORREIA, requereu e obteve do governo da Capitania de Pernambuco (que incluía a da Paraiba), a doação de grande extensão de terras (as denominadas sesmarias), que iam do local “Alagoa da Perdição”, - situada no centro da atual cidade de Princesa Isabel,- em direção ao nordeste e noroeste até 18 quilômetros além, (hoje sítios Escorregada e Jatobá), formando um retângulo aproximado de seis por dezoito quilômetros.  Outras “sesmarias” se seguiram a esta primeira, completando-se a ocupação da região até 1840 – 1850. Esta primeira sesmaria e mais outra a ela vizinha ( de José de Araujo Cavalcanti, filho de Lourenço de Brito),  deu origem à Fazenda Perdição, onde se plantava lavouras e se criava gados. Em 1836, essa fazenda, por herança, passou à propriedade  de Dona Natária Maria do Espirito Santo.

De 1836 até 1856, a fazenda se desenvolve, fazendo parte do já 4º Distrito da Perdição (1834), ligado à Vila de Santo Antonio do Piancó. Os registros paroquiais já indicam a presença de muitas famílias na região, atendidas por padres e religiosos, a maioria vindos da vizinha Vila de Flores do Pajeú. É a partir de 1856 que entra em cena o personagem central deste estudo, como veremos adiante.

 

2.0  PADRE  FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE - ORIGENS

Nasceu Francisco Tavares Arcoverde nos idos  de 1828, em terras paraibanas, na época pertencentes à então povoação de Santo Antonio do Piancó, posteriormente à vila de Misericórdia (atual sede do Município de Itaporanga) e, a partir de 1875, à vila da Princesa (hoje cidade de Princesa Isabel, sede do Município de mesmo nome), e, desde 1994, terras pertencentes ao Município de São José de Princesa, ex-distrito de Princesa Isabel. O local onde nasceu, na região da pequena povoação de Patos de Irerê, situa-se na bacia do riacho Piancozinho, que nasce na Serra da Baixa Verde , no Pico do Pau Ferrado, (Triunfo, Pernambuco), e corre em direção norte, como uma das nascentes do  Rio Piancó, percorrendo um longo trajeto de mais de 100 quilometros. Esta geografia local, ajuda a compreensão da região da atuação do Padre Tavares ao longo da sua vida sacerdotal, iniciada, vivida e finalizada em sua maior parte, nestas pairagens   do extremo sudoeste paraibano. Nascido em família de migrantes, do pai Idelfonso, pernambucano, e da mãe Juliana, cearense, da região dos Inhamuns, sertão profundo do Ceará. No ítem “Genealogia” veremos em maiores detalhes “quem é quem” do seu grupamento familiar. Da sua infância não se encontrou nenhuma referência. Seu registro de nascimento provavelmente deveria constar nos assentos de batismo da antiga paróquia de Santo Antonio do Piancó. Infelizmente os arquivos paroquiais desse período foram destruídos, numa das frequentes inundações do Rio Piancó. O primeiro registro encontrado, foi sua presença como “padrinho” de batismo em 1839, ato ocorrido na capela da fazenda São José, local próximo de sua moradia.  Nesse registro de batismo, Tavares foi registrado como morador de Patos de Piancó (atualmente povoado de Patos de Irerê do Município de São José de Princesa).Provavelmente educado em domicílio nas primeiras letras, como era tradição das famílias  de gente letrada, ou na vizinha povoação da Baixa Verde (atual Triunfo, Pernambuco), distante tão somente poucos quilômetros do sitio onde nascera e vivera sua primeira infância. De família cristã católica, e conforme tradição da época, de ter sempre um de seus membros levados ao sacerdócio, coube a Tavares esse destino. Enviado ao Seminário de Olinda, Pernambuco, com o patrocínio do seu irmão Adriano,  lá ordenou-se em 39 de setembro de 1856, conforme registros.

 

3. - GENEALOGIA - ASCENDENTES E COLATERAIS PRINCIPAIS

1.      FRANCISCO TAVARES ARCOVERDE (*1828  ) (  + 17-12-1900 em Curral Velho, Pb aos 72 anos) Natural do Estado da Paraiba – sítio Patos Irerê, Distrito  da atual cidade de São José de Princesa.   Filho de:

2.      IDELFONSO RIBEIRO CAMPOS                                                                                                            cc:                                                                          

3.      ANTONIA JULIANA DE LIMA.                                 

AVÓS PATERNOS

4.       Cap. NICOLAU PAES TAVARES                                                                                                              cc:                                                                           

5.      JULIANA Mª DE OLIVEIRA (+12.04.1798).

Ele, nat. Ilha Itamaracá – Pe. Ela, da região de Icó-Ce.

AVÓS MATERNOS

6.      ANTONIO DE SANTANA ALBUQUERQUE CAVALCANTI  cc:                                                                                                                                                      

7.       MARIANA DE ALMEIDA PEDROSA

BISAVÓS PATERNOS

Pais de Nicolau Tavares

8.      Cap. FRANCISCO PAES TAVARES (+19.07.1712)  Nat. da Ilha de Itamaracá -Pe. 

  c    cc:                                                                                                         

9.      LUIZA DE VASCONCELOS

TRISAVÓS PATERNOS

Pais de Luiza Vasconcelos

      16. LUIZ DE MELO                                                                                                                  

        cc:

      17. ISABEL DE VASCONCELOS (+ 09.05.1700)


COLATERAIS (IRMÃOS)

Filhos de 2.- IDELFONSO cc:  3.- JULIANA

2.1-NICOLAU TAVARES ARCOVERDE  (*02.08.1808 em Pau dos Ferros – RGN)  

 cc:                                                                                                 

 BELMIRA INÁCIA DE SIQUEIRA (nat de São José de Princesa)

2.2- MARIANA JULIANA DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI (*01.05.1810)  

 cc:                                                                                                                                                                        BENIGNO BENEVIDES DE ALBUQUERQUE MARANHÃO

2.3- ADRIANO CAVALCANTI ALBUQUERQUE (*07.10.1818 + 08.09.1877)                 

  cc:                                                                                                         

    MARIANA DE ALMEIDA FEITOSA (*1826  +1893)

2.4- CASEMIRO JÁCOME CAVALCANTI (*1824)                                                      

   cc:                                                                                                                               

   MERANDOLINA FEITOSA CAVALCANTI (sobrinha)

2.5-JOSÉ TAVARES ALBUQUERQUE                                                                                              cc:                                                                                                                  

 ANTONIA JULIANA DE LIMA

2.6 - JOAQUIM TAVARES ARCOVERDE                                                                                               cc:                                                                                                                                                      

 YRIA GENEROSA DE LIMA

SOBRINHOS

Por serem expressamente citados no testamento do Padre Tavares, em 1898, e, de alguns deles derivarem numerosas famílias princesenses - como será visto posteriormente -, apresentamos os descendentes diretos do seu irmão ADRIANO (2.3) cc: Mariana.

2.3.1                     LIBERALINO FEITOSA CAVALCANTI (*1842 nat. Pau dos Ferros – RGN)     cc:                                                                                                                                        Candida Almiranda de Almeida

2.3.2                    -PORCINA   cc:                                                                                       

                     Manoel Cardoso de Almeida (*1843 +23-10-1888)

2.3.3                    -BELARMINO (*01.02. 1851 nat. do sítio Patos de Irerê, (atual distrito de São José de Princesa – Paraiba)

2.3.4                    -Mª DA GLÓRIA (*1852 + 12.01.1887                                    

                       cc:                                                                                                                                 

                       (Tenente). Leandro Justo de Souza Barros)

2.3.5                    LEOPOLDINA (*02.9.1864  + 11.2.1921) cc:                                                                                                                                           Antonio Lopes Machado (ramo que dá origem a numerosa família princesense, moradores no sitio Casa Nova, no  Municipio de Tavares, ex-distrito de Princesa Isabel.              

Filhos Leopoldina – Enoque, Gentil, Ermelinda e Emilia,   sobrinhos-netos do Pe. Tavares. (Acervo R. Barthel – Recife -Pe)  
                                                     .                                                                                                                                                                                                                                                 

2.3.6                    -MERANDOLINA FEITOSA CAVALCANTI                                                                                                                                                   cc: (2.4) CASEMIRO JÁCOME – tio.  Pais de:- MARIA AMELIA CAVALCANTI  cc: Manoel Cavalcanti de Lacerda (filho do “coronel” Zuza Lacerda de Curral Velho, Pb. Ramo que dá origem à numerosa família princesense)

2.3.7                    -MARIANA DE ALMEIDA PEDROSA     

    cc  Virgolino Pires de Almeida

2.3.8                                                                                                                                                                                                  


                 
                                                                                                                                                                               -  ADRIANO FEITOSA CAVALCANTI    (*30.06.1866 em Princesa Isabel +16.06.1949 em Princesa Isabel ). Presidente da Câmara de Vereadores de Princesa Isabel em 1934, que leva seu nome como patrono.                                                                                            
 cc JOSINA AMARAL em 22.10.1893, ex -agente dos Correios até 1944

2.3.9                    -CANDIDA                                                                                                                                                                                                cc Melchiades de Almeida Cavalcanti (+21.05.1906)

2.3.10                - BENVENUTO

2.3.11                - RITA 

                    cc:                                                                                                                                  Balduino Marinho de Carvalho (primeiro professor da povoação de Bom Conselho)                                                                        

(O casal Adriano/Mariana teve 22 filhos, dos quais sobreviveram esses 11 acima citados, e os demais faleceram crianças)

4.- A LONGA TRAJETÓRIA PASTORAL

1856 – Primeiro capelão na capela da povoação de São José (atual cidade de São José de Princesa, sede do Município de mesmo nome), distante 15 quilômetros de onde está situada atualmente a cidade de Princesa Isabel – Pb.

1856 – 1867 – Padre Coadjutor na região fronteira entre os vales do rio Piancó (Paraiba) e do rio Pajeú (Pernambuco), onde são encontrados inúmeros registros de sua ação pastoral nas então vilas, povoados e fazendas alí localizadas.

1857 -1858 – Uma terrível epidemia de Colera Morbus atinge os estados do nordeste, em especial Pernambuco e Paraiba. Milhares de vidas foram ceifadas. Diz a tradição oral, que os moradores dos sítios da zona rural da Vila de Flores (PE), fronteiriça com a Paraiba, onde estava instalada a Fazenda Perdição e outras propriedades já muito povoadas, assustados com a dimensão da extensão dos efeitos da epidemia, com milhares de vítimas, e impulsionados por profundas crenças religiosas, teriam feito “promessa” de que, se não fossem atingidos pelo terrível mal, construiriam uma capela dedicada  a Nossa Senhora do Bom Conselho, escolha essa muito provavelmente por influência do missionário Frei Serafim de Catânia, capuchinho que atuava na região em missão evangelizadora. A escolha do local para a implantação da capela deve ter sido baseada nos fatores geográficos e tradicionais de criação das capelas junto as sedes das fazendas. A doação de terras para formar o patrimônio eclesiástico, o interesse dos proprietários, da concentração e proximidade da população envolvida, determinaram a definição final que resultou na construção da capela que se tornou o NÚCLEO ORIGINAL da futura cidade de Princesa Isabel, sede do Município do mesmo nome. Coube ao jovem Padre Tavares a coordenação dos esforços para completar esta empreitada, juntamente com seus irmãos, conforme registros. Diz ainda a tradição oral que, essa capela foi construída “aos domingos, por grupos de familiares, em especial da família Medeiros, vindos dos sítios vizinhos, Capoeiras, Cedro, Boa Vista, Laje.  A primeira doação de terras, em 1857, para formação do patrimônio canônico da capela, foi feita pelos filhos da proprietária da Fazenda Perdição, a lendária Dona Natária Maria do Espirito Santo, - já então octogenária - o capitão Joaquim Pereira e Silva, o tenente Antonio Carlos Araújo e João de Araujo Cavalcanti. Posteriormente foram feitas mais doações por membros das famílias Mariz e Medeiros,  ocupantes de sítios vizinhos. No mesmo ano,  o Padre Tavares, recém ordenado no seminário de Olinda (PE), iniciou a construção da pequena capela dedicada a N. Srª do Bom Conselho, próxima a lagoa que se situava no centro da fazenda, a já referida  Lagoa da Perdição. Dessa maneira se atendeu a uma demanda   dos fiéis,  moradores  de sítios fronteiriços a fazenda.

 O Padre Tavares morava então, na região do Riacho do Piancozinho , sito no atual Municipio de São José de Princesa, ex-distrito do Municipio de Princesa Isabel, do qual dista  15 quilômetros). Após a construção da capela,  trouxe seus irmãos,   para iniciarem as primeiras casas dentro do patrimônio da capela, as quais   deram origem ao  pequeno arraial formado em torno da mesma, evoluindo em menos de 10 anos para Povoação de Perdição e posteriormente, Povoação do Bom Conselho, por conta da capela ter sido consagrada à N. S. do Bom Conselho.

  1857 -1867  -Padre coadjutor de vigários entre as paróquias das Vilas de Flores (Pe) e S. Antonio do Piancó. Em 18 de dezembro de 1857 , foi registrado o primeiro batismo realizado na agora Capela da Perdição (denominação que foi posteriormente alterada nos registros).

1867 – Vigário interino em Alagoa de Baixo (atual Sertânia, agreste pernambucano)

1872 - 1874 – Primeiro Vigário da Paróquia de N S da Conceição, da então Vila da Conceição, extremo sertão oeste da Paraiba. (Em 1972 se erigiu um busto do Padre Tavares, nas vizinhanças da igreja matriz, em comemoração ao centenário da Paróquia)

1878 – Vigário em Salgueiro, sertão Pernambucano

1879- 1883 -  Coadjutor do vigário em Floresta, sertão Pernambucano

1880 – 1884 – Vigário em Serra Talhada, sertão  Pernambucano

1885 – Em 16 de dezembro, toma posse como Vigário da Paróquia de N. S. do Bom Conselho, criada em 3 de dezembro de 1880, da Vila da Princesa,  em substituição ao Padre José Cherubino Diniz, seu primeiro Vigário.

1887 – Coordenador da instalação da Capela do Rosário, na então Vila da Princesa, para favorecer a frequência da comunidade negra, construída com trabalho e doações de escravos, ex-escravos, e pequenos proprietários, em especial da família Medeiros. (Vide anexo correspondência do Pe. Tavares com a Diocese de Olinda , onde se revela seu espirito liberal, antiescravagista e antiburocracia da igreja na época)

1891-1893 – Vigário na Paróquia de N S da Conceição do Mun. De Belo Jardim - PE

1892 -1894 – Vigário da Paróquia de N. Sra. Das Dores, na Vila de Triunfo, PE, substituto do então Vigário Padre Douette, afastado por questões políticas

1898 – Doente, septuagenário, se afasta das atividades de Vigário da Paróquia de N. S. do Bom Conselho (Vila da Princesa) e vai morar no sitio Casa Nova, nos arredores da então povoação de Tavares (ex distrito de Princesa Isabel e atual cidade de mesmo nome)

1899 – Convidado pelo “Coronel” Zuza Lacerda, para ser capelão na Capela de São José,  da Fazenda Curral Velho (atual cidade de Curral Velho, sertão paraibano, Vale do Piancó), lá foi morar, acompanhado de sua sobrinha Maria Amélia, filha do seu irmão Casemiro Jácome.

1900 – Faleceu em 17 de dezembro e foi enterrado na Capela de São José, em Curral Velho, PB, onde repousam seus restos mortais. (Vide foto)

 5. - CITAÇÕES EM OBRAS DIVERSAS QUE CORROBORAM A TESE DO PADRE TAVARES COMO FUNDADOR DA ATUAL CIDADE DE PRINCESA ISABEL. (FONTES SECUNDÁRIAS)

5.1 Da obra do grande historiador paraibano Celso Mariz, “Através do Sertão”, edição  1910, no capítulo referente a Vila da Princesa.

Esta vila, outrora denominada Perdição – nome de que nunca usaram - mais tarde-Bom Conselho, hoje Princesa, em homenagem a D. Izabel, condessa d'Eu, foi fundada sob os auspícios do Padre Francisco Tavares Arco Verde, espirito moldado na prática do bem e de grandes empreendimentos, acompanhando, sempre forte e resoluto, a marcha titânica do progresso. Contratado logo que se ordenou, para ser capelão na povoação denominada S. José deste Termo, encontrou aqui uma fazenda de criação e lançou a pedra fundamental de uma capela, sob a invocação de N.S.do Bom Conselho, a qual mais tarde se transformou no templo que hoje possuimos. Edificou, em seguida, algumas casas e, incitando os ânimos de alguns amigos seus, pôde conseguir a prossecução de sua tentativa, sem esbarrondar-se em nenhum obstáculo. Era, então, senhora do arraial - Lagôa da Perdição-D. Natalia Maria do Espirito Santo, fazendeira abastada e alma de muitos bons sentimentos, embora sem cultivo de espécie alguma. Quando em 1880 foi novamente a povoação elevada á categoria de vila, a capela existente converteu-se em Igreja matriz, sendo o serviço administrado pelo saudoso tenente Theotonio Carlos d' Andrade, que desempenhou papel saliente no levantamento social princesense. O primeiro pároco que regeu a Freguesia foi o Padre José Cherubino da Fonseca Diniz. O segundo, o fundador desta vila, que a dirigiu até o dia 17 de Dezembro de 1900 quando veio a falecer” (grifos nossos)

 

5.2 -  No "Dicionário Corográfico do Estado da Paraiba”, do historiador Coriolano de Medeiros, no capítulo referente ao Municipio de Princesa Isabel,   e reproduzido na “ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS” (IBGE, ed 1960):

 "O local da cidade, conhecido desde princípios do século XVIII, teve  o nome de "Perdição", dado por uns caçadores que, perdendo o rumo a seguir, chegaram aquela lagoa e ali se orientaram. Foi precisamente nesse local, onde havia uma fazenda de criação, que Padre Francisco Tavares Arco Verde construiu uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Bom Conselho, cujo nome se estendeu ao povoado. Para concretização do seu intento, serviu-se do auxilio concedido pelos proprietários da referida fazenda, D. Natália do Espirito Santo e seus filhos, o capitão Joaquim Pereira e Silva e o tenente Antonio Carlos da Silva. Após a conclusão do templo, o Padre Arcoverde, ajudado por alguns amigos, iniciou a construção de casas de morada ....” (grifo nosso)

 

5.3 - Bittencourt, Liberato. Homens do Brasil – Vol II PARAYBA – Paraybanos Illustres (pg 128). Livraria e Papelaria Gomes Pereira, Ed. Rio de Janeiro – 1914

Verbete:“ FRANCISCO TAVARES ARCO VERDE Sacerdote. Foi o legítimo fundador de Princeza, a que conseguiu dar relativo desenvolvimento”       (grifo nosso)

(Nota : Entre mais de 1000 citados como paraibanos ilustres, o Padre Tavares foi o único princesense a constar desta listage

6.-PADRE TAVARES: FUNDADOR DA ATUAL CIDADE DE  TAVARES, PB?

Do verbete “Tavares” na Wikipédia, extraimos os trechos:

“A história do município remonta ao século passado quando o Pe. Francisco Tavares, chegou a região, então habitada por umas 8 famílias. Ao examinar a fertilidade da terra e suas condições climáticas de um sertão promissor, resolveu fazer paradeiro nesse lugar e lutar pelo ideal de povoar uma vila (..... )

(.... ) a ação criadora do padre que, debaixo de um Juazeiro, bem no centro de Campina (local onde hoje fica a rua principal) celebrou a primeira missa e edificou um altar improvisado de varas, elevando ao mesmo tempo a imagem do arcanjo São Miguel(........)

(.....) Para celebrar o seu povoamento o padre Francisco Arcoverde Tavares edificou uma capela com a imagem de São Miguel, na condição de Padroeiro (....)

 (...) Com a chegada do Padre, foi edificada uma capela em homenagem ao arcanjo São Miguel, atual padroeiro (....)

O Município alcançou sua independência político-administrativa, através do Projeto de Lei n.º 2.150, em 10 de Setembro de 1959, sendo que, sua emancipação política e administrativa ocorreu em 17 de Novembro de 1959.”

Esta descrição, sem autoria identificada, mal elaborada, eivada de incoerências cronológicas, é com certeza, coincidente com a tradição oral registrada em forma de poesia pelo autor José Rodrigues de Almeida (vide referencias), da qual reproduzo algumas estrofes:

 

 

“História do Município de Tavares

É essa a nossa história/ De nossa terra querida/Que o Padre Tavares fundou/Com grande prazer na vida/Com o seu nome criou/Depois deu a sua despedida.

A familia do Padre morava/Vizinho aqui da cidade/Vinha sempre em passeio/Era bem aceitado,/Celebrava a Santa missa/ Que vinha bem descançado

No sitio casa nova/Morava a sua família/ Gentilhomen e Enock/ Ermelinda e Laurinha/ E a mãe da família/ Era dona Sinharinha,

Padre Francisco Tavares/ Foi quem aqui começou/ Para o povo se animar/ A feirinha ele criou,/ Na sombra de um Juazeiro/ A primeira missa ele celebrou

Tavares era o vigário/ Da paróquia nesse tempo/ Aqui sua família/ Ele visitava sempre, / Resolveu criar aqui/ Um patrimonio somente”

Se considerarmos o início da Capela de São Miguel , como o inicio da urbanização do local escolhido, tal qual aconteceu em Princesa Isabel, como já vimos, então o Padre Tavares deve receber o crédito como fundador do que veio a ser a atual cidade de Tavares. Necessário corrigir alguns fatos e datas, nitidamente erradas das indicadas na referida poesia e registros diversos. Se tomarmos como referencia a data da doação de terreno para formar o patrimônio da Capela, esta ocorreu em 1898, conforme escritura de doação feita por Manoel Ferreira do Nascimento, ( e não Manoel Antonio, nome  registrado  pelo autor da poesia), e em data errada (1874). Quanto ao nome Tavares dado ao Município, pode ser somente coincidência com o nome do Padre, pois muito antes da sua presença na localidade, encontram-se registros denominando o local como “sítio Tavares”. Por muito tempo, quando a região era distrito da Vila e depois Cidade de Princesa, era denominado Distrito de Belem. Atualmente  a povoação de Belem é Distrito da cidade de Tavares. Independente da justeza histórica, e respeitando a tradição oral, fica justo que o Padre Tavares seja considerado seu fundador e que seu nome é a origem da denominação atual da cidade de Tavares.

 

 7. - DOCUMENTAÇÃO  REFERENCIADA AO  PADRE TAVARES (FONTES PRIMÁRIAS)

7.1- Correspondências do Pe. Tavares para a Diocese de Olinda, pedindo providências para o andamento da canonização da Capela de N. S. do Rosário, por ele instalada em 1887. (Arquivo da Paróquia de N S Bom Conselho – Princesa Isabel- Pasta Patrimônio) (Transcrição paleográfica pelo autor, mantida a ortografia)

“Ilmº. Rmº. Senhor Dr Luiz Francisco de Araújo Muito Digno Vigário Geral e Provisor da Diocese de Olinda

O Vigário Francisco Tavares Arcoverde Bom Conselho (Vila da Princesa 9 de Sbrº 1887)

“Nesta vai acostada a cópia da escritura do terreno doado para servir de patrimônio à capela de Nossa Senhora do Rosário que se está  erigindo nesta Vila da Princesa do Norte e que já está em bom pé: Capela-mor com  sacristia tudo em branco com altar de pedra e cal sino etc

 Vai com o valor correspondente ao merecimento por ser terreno apto para edificação e já tem em seu  quadro tem bem de 15 a 20 casas sitas.

 Custei muito a conseguir esta doação porque o indiferentismo para as coisas santas permeiam e  dominam  o coração de todos em todos os cantos porem venci e estou satisfeito.

 Esse negócio é tangido por uma corporação de pretos livres e outros infelizmente escravos e também de brancos menos abastados e que se preparam todos para ver na noite  do Natal vindouro próximo já seus devotos ouvidos  poderem saborear em cujo teto a voz do Evangelho no ato da missa do galo.

 Eu os acompanho em tal direito que  domina uma inúmera corporação que a si se  denomina Irmandade embora sem nenhum rigor de legislação  disciplinar.

 Eu nunca quereria golpear a Disciplina Canônica e nem tão pouco a Diocesana mas  que embora se abrisse  uma exceção fosse dada a celebração de uma missa do Natal muito embora ainda careça de bênção a esse tempo por que sem dúvida  os trabalhos da Canonização do Patrimônio não se tenham findos o espaço de tempo do intervalo está muito estreito.

 Se nos remontarmos a nascencia da Igreja não encontramos coisa alguma a nosso ver repugnante a essa concepção e tudo do  proveito para o andamento do trabalho da mesma capela  pois tenho sondado os ânimos dos  contribuintes.

Reitero o meu pedido para acelerar o andamento na criação do tal Patrimônio Canônico porque civil já está criado sem controvérsia.” 

 Três meses depois, o P. Tavares novamente reitera seus pedidos, em nova carta:

 “Ilmº. Rmº. Senhor Dr Luiz Francisco de Araújo Muito Digno Vigário Geral e Provisor da Diocese de Olinda

O Vigário Francisco Tavares Arcoverde

 Bom Conselho (15 Dezbrº 1887)

 

“Não tive de VSª. Rmª conhecimento de receber ou não a Escritura do Patrimônio doado a N. S. do Rosário nesta Freguesia e Vila cuja Capela eu construí e está em bom (estado).

 Procurei agasalhar esse terreno  unido ao patrimônio desta Matriz e lhe dei a estima (minorada) de seiscentos mil réis já porquê o terreno é muito próprio para edificação e já porquê compreende um grande número de casas bem edificados; é terreno não pequeno e ocupado pelos doadores ou seus mandados que passarão a ser rendeiros.

 E porquê se estraviaram alguns papéis que marcharam daqui para ahí, ignorando  ainda os os quais ou tais,  me apresso em me entender com VSª. Rmª a respeito para saber se ela  (Escritura) teve igual destino.

 No caso afirmativo desejaria que se acelerasse a marcha da criação ou confirmação do tal negócio até sua consumação.

 Que Deus guarde a V.Sª Rmª “

 

7.2 -Testamento que fez o P. Tavares em 1898, em texto completo, do original manuscrito,  contendo elementos significativos que corroboram as notas genealógicas aqui apresentadas.

TESTAMENTO ABERTO QUE EM NOTAS FAZ O REVERENDO FRANCISCO TAVARES ARCO VERDE, COMO ABAIXO SE DECLARA.

 

Saibam quantos este público instrumento de testamento aberto virem, que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos noventa e oito, aos onze dias do mês de Julho do dito anno, neste sitio “Caza Nova”, do Termo de Princeza da Comarca do Pianco, Estado da Parahyba do Norte, em caza de morada do cidadão Antonio Lopes Machado, onde eu Tabelião Publico vim, a chamado do Reverendo Francisco Tavares Arco Verde, ao qual reconheço pelo próprio de que se trata e dou minha fé e teor e por elle foi dicto  na presença das testemunhas abaixo assignadas, todas reconhecidas de mim e delle testador pelas próprias de que se trata, e dou minha fé, que estando de camma, sofrendo encommodos de saúde, e em seo perfeito juízo, temendo deixar duvidas para o futuro, ou depois de sua morte, faz o seo testamento pela forma seguinte: -

Em primeiro lugar disse que como Sacerdote Secular, Catholico quer que seo corpo logo que falecer, seja emvolto conforme a ordem e Lei do Bispado, e sepultado na Matriz  desta Freguesia de Nossa Senhora do Bom Concelho sem a menor solennidade – Em segundo lugar disse que é natural deste Estado e Bispado da Parahyba do Norte, filho legitimo de pais Catholicos, Idelfonço Ribeiro Campos e Dona Antonia Juliana de Lima ambos falecidos.- Item disse que não tinha herdeiros necessários, e sim muitos colaterais de alguns irmãos e procedência de outros, que falleceram, e a todos estes, tem contentado com donativos de sua pouca fortuna – Item disse que a geração de seo bom irmão e amigo, Capitão Adriano Cavalcante de Albuquerque tinha mais obrigação, em razão dos serviços  impagaveis que lhe prestou, até leva-lo ao pé do Altar, e athendendo estes relevantes serviços despunha de seos poucos bens com a mesma geração do mesmo seo irmão, da forma seguinte:- Item deixo para sobrinha e comadre, Dona Merandolina de Almeida Cavalcante o cavalo ruço pedrez de minha montaria. –Item deixo para minha sobrinha e comadre Dona Cândida de Almeida Cavalcante um cavalo malhado. –Item deixo para minha sobrinha Dona Rita de Almeida Cavalcante uma jumenta .-Item deixo a minha sobrinha e comadre, Dona Leopoldina de Almeida Cavalcante um cavalo ruço e um jumento.- Item deixo a minha sobrinha e comadre, Dona Porcina de Almeida Cavalcante, uma égoa castanha e uma jumenta. -Item deixo para meo sobrinho, Adriano Feitosa Cavalcante um jumento cargueiro, uma parte de terras  havida por compra a José de Souza Gato e uma outra com uma meia água de telhas havida por compra a Marcolino Barboza.- Item deixo ainda para meos sobrinhos já declarados, Adriano Feitosa Cavalcante, Merandolina de Almeida Cavalcante e Porcina de Almeida Cavalcante, residentes na Vila de Princesa as seguintes partes de terras – dois mil reis na dacta Perdição, havidas por compra a Manoel José de Medeiros Filho,- quatro mil reis no sitio Capueiras, havido por compra a João Emydio de Medeiros,  quatro mil reis  com posse no sitio “Mundo Novo”, havidas  por compra a um filho de Jose de Paiva Mattos e sete mil reis  no sitio “Cedro”, havidas por compra a João Rodrigues Mariz as quais ficarão pertencendo aqueles herdeiros. - Item deixo aos possuidores do sitio “Casa Nova”, Antonio Lopes Machado e Melchiades de Almeida Cavalcante, cinco mil reis de terras havidas por compra a Filipe Freire Mariz e seo irmão Braz Freire Mariz.- Item disse finalmente que tendo uma banda da dacta no Riacho que vem da “Santa Clara”, deste termo, terras de criar que me serviu de Patrimônio, esta ficará como herdeiros dela a geração de meo falecido pai de quem veio. -Item declaro que os serviços feitos por mim nas casas da Lage da Vila de Princesa, fica pertencendo as proprietárias da casa conjuncta, Merandolina Cavalcante e Porcina Cavalcante, por serem feitas com o dinheiro das mesmas. - Item disse  finalmente que nomiara seos testamenteiros, em primeiro lugar , ao Tenente Coronel Marcolino Pereira Lima, em segundo ao Capitão Antonio Alves Campos e em terceiro, a João Baptista da Silva, aos quais rogara como disposição derradeira se quizerem fazer  a obra pia em aceitar na ordem em que são mencionados. E por esta forma declarou elle testador, haver feito sua ultima disposição testamentária de sua livre  e espontania vontade , e que deseja e quer, que seja fielmente cumprida em integridade, revogando por esta forma qualquer disposição que por ventura exista em contrario deste instrumento que terá pleno e inteiro vigor. E, depois deste ser lido por mim Tabelião Publico em presença das testemunhas e por elle outorgado assignou de seo próprio punho com as testemunhas presentes Manoel  Pinto da Silva, Delfino Jose Gomes, Manoel Francisco do Nascimento Barros, André Andrelino d´Oliveira Barros, e Francisco Ignácio da Cunha. Eu, João Rodrigues da Silva Lima Tabelião Publico de notas o escrevi

Assinaturas O Pe Francisco Tavares Arco Verde e as demais testemunhas.”

 

(* transcrição elaborada  pelo autor, a partir do documento original, conforme contido no Livro de Notas de 1898, arquivado no 1º Tabelionato de Notas e Registro Imóveis da Cidade de Princesa Isabel –Pb. (Cartório Barros Lima)  A  transcrição está conforme a grafia original.)

 8. - ICONOGRAFIA



FIG 1 – Padre Tavares ladeado por duas sobrinhas. Conforme indicação de D. Terezinha Morais, da cidade de Tavares PB, onde o padre é considerado fundador, além de proprietário do sítio Casa Nova, zona rural do município. (Acervo família Terto Morais, em Tavares) (Fotografia deteriorada, e recuperada parcialmente por tratamento digital – data provável 1898 )

 


Fig 2 – Região do riacho Piancozinho, onde se instalou a família do Padre Tavares, no início do séc. 19. (Fonte IBGE)

 


 

 

Fig 3 -Primeira e antiga Matriz da cidade paraibana de Princesa Isabel, originária da Capela inicial e ampliada até 1875 sob a orientação do Padre Tavares. Foi demolida em 1969  ( foto 1957 -acervo autor)

 


 

Fig 4 – Vista aérea da cidade de Princesa Isabel (2007)

 


Fig 5 – Ao fundo, capelinha do Rosário em Princesa Isabel, instalada em 1887 pelo Padre Tavares. Em primeiro plano, a Praça Epitácio Pessoa, com a estátua do paraibano, Presidente do Brasil (foto 1950 – acervo autor)

 


 

Fig 6 – Antiga Igreja Matriz de Santo Antonio do Piancó, onde o Padre Tavares teve sua atuação atrelada até 1872 (foto 2004 – acervo autor)

 




 


 

 

Fig 7 – Curral Velho – PB - Capela de S. José, vendo-se a casa a ela conjugada, onde o Padre Tavares viveu seus últimos dias (foto 2004 – acervo do autor)

 


Fig 8 – Altar da Capela de S. José, onde sob o solo estão os restos mortais do Padre Tavares. (foto 2004 – acervo do autor)

 

 


Fig 9 – Vista geral da cidade de Tavares -PB (2018)

 

9. - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ALMEIDA, J. R. (1976). História do Municipio de Tavares. TAVARES, PB.

BARTHEL, R. R. (s.d.). Os Cavalcanti de Princesa Isabel. Acesso em 2007

BARTHEL, R. R. (2000). Família BARTHEL. Acesso em 2006, disponível em GENEALOGIA PERNAMBUCANA: http://www.araujo.eti.br/barthel2.asp#top

BITTENCOURT, L. (1914). Homens do Brasil (Vol. II). Rio de Janeiro: Gomes Pereira.

CÂMARA, E. (2000). A Evolução do Catolicismo na Paraiba. Campina Grande PB: Caravela.

CHAVES, A. A. (1985). Conceição do Piancó - PB de Ontem e de Hoje. (autor, Ed.) Belo Horizonte MG.

FLORENCIO, F. (2011). Princesa Isabel - A ocupação da região. Fonte: blog históriadeprincesapb: http://www.historiadeprincesapb.blogspot.com

FLORENCIO, F. (2017). Processo Histórico da Emancipação Política Administrativa e Judiciária do Município de Princesa Isabel,. (o. autor, Ed.) Acesso em 2019, disponível http://historiadeprincesapb.blogspot.com

IBGE. (1960). Em Enciclopedia dos Municipios Brasileiros. RIO DE JANEIRO: IBGE.

MARIZ, C. (1910). Através do sertão (Fac simile ed.). (F. Vingt-Un-Rosado, Ed.) Parayba do Norte: Imprensa Official.

MEDEIROS, C. (1950). Dicionario Corografico do Estado da Paraiba (2ª ed.). joão Pessoa: Departameno de Imprensa Nacional.

NÓBREGA, A. F. (2013). Feliciano Rodrigues Florencio: O moço, o major, o velho. J Pessoa: Ideia.

PINTO, A. D. (s.d.). Coronel Zuza e a República da Estrela.

SANTOS, F. P. (1994). Apontamentos Biográficos do Clero Pernambucano: 1535-1935 (Vol. I). (A. P. Emerenciano, Ed.) Recife PE.

SEVERIANO, F. (1906). A Diocese da Parahyba. Parahyba do Norte: Typ da "IMPRENSA".

 

ARQUIVOS CONSULTADOS                                              

Acervo pessoal do autor – Princesa Isabel – PB – documentos, livros, fotos

Arquivos da Arquidiocese da Paraiba – João Pessoa – PB

Arquivo Histórico do Estado da Paraiba–J.Pessoa-PB 

Arquivos Paroquiais  PB-Princesa Isabel – Piancó Conceição ––  Itaporanga; PE -Serra Talhada – Flores – Triunfo                                                                                                             

Biblioteca Nacional – Hemeroteca Digital – 

Jornais Paraiba, Pernambuco e Ceará                                                            

Cartório Notas Barros Lima – Princesa Isabel – PB – Livros de Notas                                                                                                                 

 Cartório Judicial – Forum Comarca Princesa Isabel – Processos Cíveis e Criminais ; Triunfo, Flores, Serra Talhada (todos Pernambuco)                              

Cartórios Registros Naturais : PB – Princesa Isabel, Piancó, Conceição; PE- Flores, Triunfo                                                                

  Livro  de Assentos da Paróquia de São Mateus – Ce (*)        (*) Agradecimentos especiais aos pesquisadores cearenses CLOVIS FERREIRA DA CRUZ RIBEIRO de CAMPOS LOBO e GEORGE NEY  ALMEIDA  MOREIRA, a quem, atendendo a minha demanda, devo todos os créditos por trazerem à luz os ancestrais remotos do Padre Tavares, seus avós até alguns trisavós.. Resultado de 5 anos de permanente atenção e interesse a causa demandada

 

 

 

   (Feito em 29 de setembro de 2019, Princesa Isabel, PB.)

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[1] Engenheiro e pesquisador da história do Município de Princesa Isabel – Sócio honorário do IHGP – Sócio correspondente do IPGH)


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